sábado, 31 de outubro de 2009

Nunca desistir de ser mulher - Oração


Senhor,
Me ajude a nunca desistir de ser mulher.
Coloque um espelho no meio do caminho entre a lavanderia, o supermercado, o sapateiro... E que, ao me olhar, eu goste do que vejo.
Não deixe que eu passe uma semana sem usar rímel, um salto bem alto ou um jeans mais justo. Proteja meus cabelos do vento, os brincos e anéis de olhares invejosos.
Nunca deixe faltar na minha vida comédias românticas e boas depiladoras.
Se eu tiver vontade de chorar, faça com que eu chore um dilúvio.
E que tenha saído de casa sem pintar os olhos. Para cada dia triste, me dê uma vitrine de roupas lindas.
Já que eu nunca pedi milagres, faça com que as minhas celulites sejam ao menos discretinhas. Me dê saúde, tempo livre e silêncio... E que nunca falte perfume na minha gaveta.
Nos engarrafamentos, faça com que eu ligue o rádio e esteja tocando minha música preferida.
Me dê forças para comer mais saladas, mais frutas.
Cegue meus olhos para as sujeiras nos cantos.
Ajude para que eu chegue ao trabalho inteira.
Em dias difíceis, me dê persistência para seguir na dieta.
Dê também firmeza para os seios.
Proteja minhas poucas horas de sono e não me julgue mal, caso eu não acorde na hora.
Não deixe que minha testa fique tão franzida a ponto de parecer uma saia plissada.
E eu, uma louca estressada.
Faça com que o sol seja meu personal trainer e meu complexo vitamínico, meu carregador de baterias.
Mas quando eu pedir um diazinho de chuva, não me pergunte por quê.
Para cada batata quente no trabalho, me dê um café recém-passado.
Entenda que, quando rezo para cancelarem uma reunião, não é gastar reza à toa, pode ter certeza.
No meio de tudo isso, faça com que eu ainda ache tempo para: - virar esposa de novo; - ir ao cinema; - jantar fora; - dormir abraçadinha.
Ilumine o espelho do banheiro e proteja meus cremes e segredos...
Ajude a não faltar gasolina e não furar o pneu e, por favor, afaste os motoqueiros do meu retrovisor.
Senhor, por pior que seja meu dia... faça com que ele termine e não EU.
Amém!


Foi copiado de um outro blog! Mas está valendo... Para nós mulheres, que às vezes nos sentimos muito deprimidas pela quantidade de responsabilidades a assumir.



Aprendendo a "Twittar"

Na semana anterior, minha amiga Vanessa insistiu para que eu criasse uma conta no Twitter, um site de relacionamento muito diferente dos atuais, onde conseguimos conversar com muita gente através de frases curta e rápidas. Tem muita gente conectada por lá.

Bem, de tanto que fez propaganda, acabei entrando... criei a minha conta. Mais para divulgar meu blog do que para conversar com as pessoas.

A princípio achei meio estranho, não entendia muito bem e não sabia como proceder, já que era um mundo estranho... sem contar que o site é em inglês... acaba demorando um pouco para a gente se acostumar.

Mas é muito "irado". A gente acaba viciando em ficar conectado e ler as publicações e conversas das pessoas. Como disse o Willian Boner, no próprio Twitter, que estava viciado em "twittar".

Quem tiver interesse, apareça por lá e descubra as novidades e segredos deste site.

A gente se encontra lá!!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vivendo e Desaprendendo!!

"Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais.


Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra "gude". Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude. Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito. Hoje não sei mais que jeito é esse...


Eu sabia a fórmula de fazer cola caseira. Algo envolvendo farinha e água e muita confusão na cozinha, de onde éramos expulsos sob ameaças. Hoje não sei mais...


A gente começava a contar depois de ver um relâmpago. e multiplicando dois números, dava a distância exata do relâmpago. Não me lembro mais dos números...


E espremendo-se a mão entre o braço e o corpo, claro, tinha-se o chamado trombone axilar, que muito perturbava os mais velhos. Não consigo mais tirar o mesmo som. É verdade que não tenho tentado com muito empenho, ainda mais com o país na situação em que está. 


Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez, cuspir corretamente pelo espaço adequado entre os dentes de cima e a ponta da língua. Com prática, conseguia-se controlar a trajetória elíptica da cusparada com uma mínima margem de erro. Era puro instinto.Hoje o mesmo feito requereria complicados cálculos de balística, e eu provavelmente só acertaria a frente da minha camisa.


 Outra habilidade perdida...


Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. É vivendo e desaprendendo."




"Interneteando" por aí, ou melhor "twittando" pela "net", acabei encontrando um tesouro escondido. Textos curtos, simples e verdadeiros, capazes de nos fazer pensar, ou melhor repensar as coisas da nossa vida. São de Luiz Fernando Veríssimo.


É... este descrito nos revela a verdade sobre envelhecermos... vamos nos esquecendo do que, quando crianças, fazíamos com tanto talento. Este é o resultado da correria. Queremos sempre mais... mais dinheiro, mais trabalho, mais "status", mais poder, mais cargo... e claro, menos divertimento e menos alegria das ingenuidades de ser criança.


E tem muita gente acredita que ser criança é uma ofensa. Isso é algo que deve ser cultivado dentro de cada um, e certamente seríamos mais felizes.


Mas voltemos aos assunto principal do texto... desaprendemos, com o tempo a sermos felizes, ingênuos... tudo isso por causa da tecnologia implantada no nosso dia-a-dia. Desaprendemos a cultivar as mais belas e simples coisas da vida, se é que podemos assim chamar... não, acho melhor chamarmos de prazeres da vida.


Fica aqui o meu recado de hoje!! Palmas ao Luiz Fernando Veríssimo!!





terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bêbado: o amador e o profissional


Sim, existem os amadores e os profissionais. E são facilmente reconhecidos. Pra começar, o profissional está sempre penteado. Despenteou, esteja certo de estar diante de um bêbado amador.

O amador é chato. E não tem exceção. Ele pode até não ser chato quando sóbrio. Mas passou da terceira dose, é dose.

Não sei como, mas o bêbado profissional nem hálito etílico exala. Pelo contrário, chega a ser até perfumado. Já o bafo do amador chega antes dele. Pior que hálito de bêbado amador, só mesmo bêbada amadora. É mesmo uma desgraça.

O profissional jamais - jamais! - bate em mulher. Pelo contrário, chega com fala mansa e diz palavras leves. Geralmente leva. Apareceu falando alto, te cuida que é amador.

O profissional sempre chega em casa dirigindo sem bater. Não se lembra como, é claro, mas chega. O amador nem acha o carro. E nem se lembra, no dia seguinte. Acorda tentando reconstituir a noite para saber em que gole ficou a viatura.

O bêbado profissional que se preza, jamais fala no ouvido da gente, muito menos coloca a mão no ombro da pessoa a quem se dirige. Já o bêbado amador é especialista em ouvidos, ombros e -mais tarde - colos. Também costuma conversar segurando na sua mão, seja homem ou mulher.

Quando um deles vem chegando com aquele olhar de bebum, basta olhar os sapatos. O do profissional está limpo. Do amador está - inclusive - desamarrado.
No tempo em que eu bebida - e me considerava profissionalíssimo - um conhecido escrito e bêbado profissional foi até a minha casa. Servi um uísque para nós dois e ele me perguntou:

- Quantas garrafas você tem em casa?

Diante de tal pergunta imaginei que ele fosse mamar (Bêbado profissional odeia essa expressão) mais que uma.

- Mas esta está cheia!...

- Você é amador! - e deu uma golada e uma gargalhada. - Amador! E eu que te considerava um profissional...

Fiquei indignamente sóbrio:

- Como amador??? Como?

- Meu querido, um profissional do álcool não tem apenas uma garrafa em casa.

- Bem, eu tenho mais um guardada.

- Oito, meu filho, oito. Um bebedor tem que ter no mínimo oito garrafas em casa. E da mesma marca.

- Mas eu não bebo nem uma por dia...

Ele, se servindo de mais uma dose:



- Pois é aí que mora o perigo, a culpa! Veja essa garrafa. Você fica bebendo e vendo ela esvaziar rapidamente. De manhã ela estava cheia, de tarde já pela metade. De noite vazia. Ou seja, você fica bebendo e vendo o quanto você já bebeu! Dá culpa, você se sente um alcoólatra. Se fosse um profissional, teria uma aqui na mesinha, outra ao lado do computador, outra no criado-mudo, na cozinha, na sala de jantar, uma perto da biblioteca e até uma no quarto das crianças. Não é a garrafa que deve circular pela casa. E sim o copo. E você. Assim, meu querido amador, você não sente a garrafa se esvaziando em algumas horas, na sua cara, te dedando, te culpando. Cada uma que você pega estará sempre quase cheia. E não dá culpa. Pensando bem, você nem percebe que está de pilequinho. Me serve outra. Olha aí, já bebemos metade. Assim não é possível! Faça-me o favor!

(Mário Prata - As Cem Melhores Crônicas)





sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Por quê? (Pergunte Por que?)


A mulher sentada ao meu lado no avião tinha dois enormes e pontudos espetos, de vinte centímetros de comprimento cada, em suas mãos. São chamadas agulhas de crochê e são permitidos a bordo. O sujeito no assento do outro lado do corredor estava reclamando que haviam confiscado o seu alicate de unhas.


O garotinho da fila 8 teve de andar 35 fileiras até o final do avião para ir ao banheiro porque seria uma séria ameaça à segurança se ele usasse o banheiro desocupado sete filas à frente.


No hotel, me mandaram para uma academia de ginástica do outro lado da rua porque suas instalações próprias estavam em obras. A academia não me deixou fazer ginástica até que eu preenchesse um formulário com meu nome, endereço e outras informações. Por quê? Exigência da seguradora. Aparentemente, essa também é a razão pela qual você não pode ver um mecânico consertar o seu carro ou visitar a cozinha de um restaurante.


Se os seus empregados da linha de frente forem incapazes de responder a um "por quê?", o que você deverá dizer a eles?


A maior parte das burocracias não deseja que essas perguntas vá subindo a cadeia hierárquica e encorage seus empregados a serem os primeiros e únicos advogados de defesa da organização. "Essa é a política da empresa". "Desculpe, mas não há nada que eu possa fazer sobre isso." "Senhor, esse é o regulamento." O objetivo é fazer com que o cliente (formulador da pergunta) vá embora.


Vá embora.


Eles querem que você vá embora.


Isso faz algum sentido? A técnica mais eficiente (e mais barata) para melhorar as suas operações é responder aos "por quês"! Você deveria acolher essas pessoas e não mandá-las embora.


"Sabe, senhor, não tenho a menor idéia do porquê de isso ser feito assim, mas prometo que vou descobrir e volto a falar com o senhor."



Este texto foi extraído do livro: O Futuro Não é Mais o Mesmo, de Seth Godin. Este autor é americano e escreveu, por anos seguidos textos em um blog. Hoje ele selecionou os melhores textos e publicou um livro. Seu foco era tratar de assuntos que pudessem melhorar as estratégias de marketing das empresas. O livro é excelente! E eu, como viciada em livros que sou, comprei e quando possível, colocarei alguns dos textos mais interessantes.

Este texto cita o que normalmente fazemos nas empresas na qual trabalhamos. As vezes somos treinados a não realizar tal ato, ou resolver determinado problema somente porque faz parte de uma norma da empresa. Culpa, na maioria das vezes, dos gestores, que por não conhecer a fundo o assunto, utilizam o "faz parte da norma da empresa" para tentar maquiar o problema. (Obs.: não é o meu caso, o meu gestor é excelente e resolve os assuntos na hora solicitada, se possível. Exemplo de profissional, pelo menos para mim).

O que não podemos fazer para o cliente tem que ter uma razão. Não posso desbloquear o cartão de um cliente sem a sua autorização, não porque é uma norma do banco na qual trabalho, mas por ser um motivo de segurança para o titular da conta.

Será que é difícil? Não é a toa que o cliente vai embora...



domingo, 18 de outubro de 2009

Falemos de Flores!!!


Falemos de flores.

O que é uma flor?

Será uma criação vegetal que na primavera se abre do botão de uma planta?

Não: a flor é o tipo da perfeição, é a mais sublime expressão da beleza, é um sorriso cristalizado, é um rai de luz perfumado.

Por isso há muitas espécies de flor.

Há as flores do vale - mimosas criaturas que vivem o espaço de um dia, que se alimentam de orvalho, de luz e de sombras.

Há as flores do céu - as estrelas -, que brilham à noite no seu manto azul, como olhos de uma linda pensativa.

Há as flores do ar - as borboletas -, que têm nas suas asas ligeiras as mais belas cores do prisma.

Há as flores da terra - as mulheres -, rosas perfumadas que ocultam entre as folhas os seus espinhos.

Há as flores dos lábios - os sorrisos -, lindas boninas que ao menos sopro desfolha.

Há as flores do mar - as pérolas -, filhas do oceano que saem do seio das ondas para se aninharem no seio da mulher morena.

Há as flores das poesia - os versos -, às vezes tão cheios de perfumes e de sentimentos como a mais bela flor da primavera.

Há as flores d'alma - os sentimentos -, flores que o coração serve de vaso, e as lágrimas de orvalho.

Há as flores da religião - as preces -, modestas violetas que perfumam a sombra e o retiro.

Há as flores da harmonia - os gorjeios -, que brincam nos lábios mimosos de uma boquinha sedutora.

Há as flores do espírito - os ziguezagues -, que nascem sobre o papel como rosas silvestres e sem cultura.

Há enfim uma espécie de flor que é tão rara como a tulipa negra de Alexandre Dumas, como o cravi azul de Jean-Jacques, como o crisântemo azul de George Sand.

É a flor da vida este sonho dourado, este puro ideal a que todos aspiram e de que tão poucos gozam.

Porque a flor da vida apenas vive um dia, como as rosas da manhã que a brisa da tarde desfolha.

E quando murcha, deixa dentro d'alma os seus perfumes, que são essas recordações queridas que nos sorriem ainda nos últimos tempos da existência.

Para uns, a flor da vida nasce nos lábios de uma mulher; para outros no seio de um amigo.

Feliz do caminhante que à beira do bosque por onde passa, colhe esta florzinha azul, espécie de urze cingida de uma coroa de espinhos.

Muitas vezes, depois de muitas fadigas, quando já se tem as mãos feridas dos espinhos, e que vai colher a flor, ela se desfolha

O vento soprou sobre ela, ou um verme roeu-lhes os estames.

A flor é poesia, mas o fruto é a realidade, é a única verdade da vida.

Enquanto pois os poetas vivem à busca de flores, os homens sérios e graves, os homens práticos, só tratam de colher os frutos.

Eles vêem desabrochar as flores, exalar os seus perfumes, e esperam como o hortelão que chegue o outono e com ele o tempo de colheita.

E na verdade, a flor encerra sempre o germe de um fruto, de um pomo dourado, que outrora perdeu o home, mas que hoje é sua salvação.

(José de Alencar, no livro "Ao Correr da Pena", pág. 468 a 471)




Flores! Texto escolhido para comemorar o nascimento das minhas flores, plantadas há uma semana. Estou fazendo um mini e belo jardim em minha casa. Além das flores já floridas, neste final de semana começaram a brotar as mais novas integrantes do meu jardim. Vai demorar um pouco, mas logo estarão enchendo nossos olhos de alegria ao acordar, quando abrimos a janela do quarto e nos deparamos com as criaturas mais belas que Deus já criou.



Bom final de Domingo e Boa Semana a todos!


sábado, 17 de outubro de 2009

"A marvada pinga que me atrapaia"


Happy Hour é muito bom! Amigos, bebedeira, conversas e muitas risadas! E tomar uma cervejinha de vez em quando é bom e limpa a alma.

Quem lê este post deve pensar que eu a maior cachaceira, "bebum"... mas não! Quem me conhece sabe. Ou não?! (rsrsrsrsrs, muitos risos e gargalhadas pela mentira).

A verdade é que uma cervejinha no final de uma sexta-feira "puxada" cai bem, parece que nos revigora. Mas o dia seguinte... ninguém merece! Depois da "mamada" ontem, acordei com aquele gosto de "cabo de guarda-chuva" na boca. Não sei qual é o gosto de um cabo de guarda-chuva, mas certamente deve ser este que eu estou sentindo hoje. Ainda mais que meu estômago não recebeu nenhuma comida além das cinco coxinhas de frango que eu comi no almoço de ontem... depois dessa refeição, só a cerveja!

Chegamos ontem a noite, eu e o Maurício, "trançando as pernas"... aliás, eu nem sei como conseguimos chegar; ainda bem que o carro conhece mais ou menos o caminho, mas se nos deparássemos com algum bloqueio policial com teste de bafômetro, com certeza hoje acordaríamos no "xilindró".


Quando acordei, me senti ainda bêbada, com minha cabeça dolorida que nem dá para balançar muito... e sem contar a sede, o estômago embrulhado e a diarréia por causa da cerveja... isso tem nome, chama-se ressaca, e das bravas!



Beber é bom, mas o dia seguinte não! Decididamente eu acho que vai levar o dia inteiro para eu me recuperar... mas "tô dentro" e pronta pra outra! A próxima sexta-feira nos aguarda!






quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia do Professor



Hoje, dia 15 de Outubro é comemorado o dia do professor. Data não muito lembrada pela maioria das pessoas. Tenho certeza de que pouca gente se lembrou.

Tem sempre um professor querido que a gente nunca esquece. E normalmente é a primeira professora...

A minha primeira professora foi da 1º Série do Ensino Fundamental, naquela época chamado de Ciclo Básico, se eu não me engano (quem lê pensa que faz muitos anos, rsrsrs), o nome dela era D. Maria José. Eu a adorava e muito. Era educada, atenciosa e muito divertida. E eu acho que ela me adorava também, porque em uma brincadeira de "amigo secreto" de final de ano, ela separou o papel com o meu nome para ela.... rsrsrs Hoje eu acho muito engraçado, mas me sinto lisonjeada. E sempre nos encontramos por aí...

Há muitos outros professores que marcaram, a D. Sílvia da 4º Série, a D. Angela de Literatura do Colegial, e muitos outros da faculdade também.

Ser professor nos dias de hoje implica medo, insegurança, insatisfação. Não existe mais o respeito de antes, onde o professor era uma autoridade. Hoje a educação, que antes começava dentro de casa, não existe mais.

Até eu, quando criança pensava em ser professora... mudei de escola para estudar magistério, mas acabei desistindo de última hora... não sei se fiz bem, acho que ia adorar lecionar... mas acabei sendo bancária (rsrsrs), nunca imaginava!

Hoje de manhã, eu vi no programa da Ana Maria Braga uma entrevista com uma professora de 93 anos de idade, seu nome é Cleonice. Esta professora leciona há 60 anos e hoje, dá aulas de pós graduação em duas Universidades. Imagina, com 93 anos, portando sua bengala lecionando em uma faculdade! Isso chama-se "amor a profissão"! E é muito bonito você ver pessoas com essa garra. Espero que eu consiga ser como ela, lúcida aos 93 anos e ainda conseguir ensinar alguma coisa de importante à alguém.

Minha homenagem vai para ela! Parabéns! Essas atitudes nos dão inspiração e nos mostram que nem tudo neste mundo está perdido.

Feliz Dia dos Professores a todos os professores deste planeta!


Ops, já ia me esquecendo, aí em baixo eu vou deixar o link, se alguém quiser acessar o site para ver a entrevista com a professora Cleonice.



Que sirva de exemplo para muita gente!







quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mudança de Visual

Hoje fiz uma loucura! Mas acho que uma loucura boa! Hoje eu acabei com o meu cabelo logo. Cortei tipo "chanel", com muito gosto.

Eu sempre "curti" muito cabelos curtos, mudanças bruscas de visual. Sei que amanhã muita gente vai me achar doida, maluca... vai me criticar ou até mesmo me elogiar. Mas o que vale é o que eu senti. Amei!!

No início eu queria apenas repicar minha franja, mas devido a rápida demora da cabeleireira acabei folheando umas revistas de cortes de cabelo, o que me fez ter a certeza de que eu queria mesmo mudar.

Amanhã, quem sabe coloco umas fotos do novo visual.

Vamos ver como meu cabelo reage amanhã ao levantar. Pode ser, aliás, eu tenho certeza, de que amanhã de manhã ao acordar eu vou ter um susto. Claro que o meu cabelo não vai ficar certinnho, terei que lavar todos os dias e fazer uma escova básica para que os fios fiquem certos... mas esse é o preço que eu tenho que pagar, pelo menos por uns três meses, até que eles cresçam novamente!

Esperem para ver!



terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Pavoroso Exame do Toque


Estou meio sem inspiração para escrever algo de minha autoria, por isso resolvi postar um texto do Mário Prata, daquele  livro de crônicas que eu comentei no outro dia que eu comprei. O texto fala de exame de toque... aquele para detectar o câncer de próstata. Achei muito engraçado. O texto chama-se: O Dedo





Na terceira semana em que saiu aquela gotinha clara, resolvi tomar providências. Mesmo porque a minha mulher olhava meio de lado. Para a gotinha e para o local de onde saía a gotinha. Lá, no incauto cabisbaixo.

Me lembrei que a minha irmã havia se encontrado com um velho amigo de infância de Lins, o Plínio, num hotel de Salvador. E que o Plínio era hoje um importante urologista em São Paulo.Essas intimidades é melhor com gente conhecida, de confiança, pensei. Ligo para a minha irmã, pego o telefone e marco uma hora. E ele me disse que devia ser uma prostatite, também conhecida como gota matinal, que não me preocupasse, mas que tinha que fazer o toque. Toque, onde? Marcou horário para o sacrifício.

Foi quando me recordei que o Plínio era gordinho na adolescência. Ligo de novo para a minha irmã. Ela confirma, o cara está gordo. E gordo não tem dedo fino, nem mole, conclui.

Ao cumprimentar o velho amigo, fixei-me mais no dedo do que nos olhos. Uns vinte minutos para colocar as novidades em dia. Para relaxar, talvez. E eu não tirava o olho do dedo dele. Bem grosso.

Depois das preliminares, me manda tirar a roupa e ficar de quatro em cima da mesinha. Até aí tudo bem. Ele começou a comentar o encontro dele com a minha irmã em Salvador. Ele estava em lua-de-mel. Convenhamos que lua-de-mel não é um assunto muito apropriado para um momento delicadíssimo como aquele. Me explicava com quem tinha se casado enquanto colocava as luvas e a vaselina.

Pegou uma folha de papel e colocou embaixo de mim, que já estava de quatro havia uns cinco minutos.

- Para que isso, Plínio?

- É que, em alguns casos, quando a gente massageia a próstata, a pessoa pode ejacular.

Sentei.

- Vamos conversar. Você está dizendo que pode me enfiar o dedo no rabo e eu gozar?

- É normal. Mas eu estava te falando da praia do Buraquinho...

- Um momento, Plínio. Todo mundo goza?

- Meio a meio.

- Plínio, se eu gozar, amanhã Lins inteira vai saber disso. Conheço aquela cidade. Vai sujar. Já acharam que artista é meio viado... Cinqüenta por cento é uma porcentagem muito alta.

- E você acha que eu vou sair por aí dizendo que você ejaculou?

- Você, não. Mas no interior todo mundo sabe. Não se sabe como. Melhor deixar para outro dia. Perdi o clima.

- Fica de quatro aí e não enche o saco.

Fiquei. Tenso.

Ele colocou o dedo lá e continuou a falar da lua-de-mel,da praia do Buraquinho. E eu lá, compenetrado. No palavreado médico, meu pênis (que palavra mais pornográfica!) praticamente sumiu, não ejaculei e foi uma luta para o Plínio colher a tal gotinha.

Feitos os exames, o diagnóstico dele estava certíssimo. E voltamos a ser amigos. Mas sempre vestidos, de pé e de frente um para o outro.

E nunca mais falamos da praia do Buraquinho. Que aliás, é uma delícia de praia em Salvador.



Bem... o texto tem algumas palavras não muito "limpas" para o dia-a-dia. Mas mesmo assim, achei o texto engraçado. Pois todos os homens têm pavor de fazer o bendito, ou maldito exame do toque, mesmo sabendo que é necessário.

Abraços!!


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Como surgiu o Dia das Crianças?




O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920. Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924. 

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes! Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.

Em outros países Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem! Dia Universal da Criança Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento. 






Ser criança é bom!

Feliz Dia das Crianças a todos nós!



Segunda de madrugada... imagine como será o restante da semana!


Na madrugada desta segunda-feira, por volta de 4:00 horas, o Maurício ainda acordado jogado vídeo game, notamos a presença de três viaturas da polícia em frente a nossa residência. Curiosamente, como todas as pessoas deste planeta, levantamos e fomos até o portão.

O que ocorreu foi um assassinato há duas quadras da minha casa. Não mataram a pessoa com arma de fogo, com tiro... acreditem... mataram a pessoa com um facão, aqueles que se usam para cortar cana. A briga parece ter começado na esquina próxima a minha casa, onde os policiais encontraram uma mancha de sangue, que disseram ser recente ao horário do crime.

Mas o que os policiais estavam fazendo em frente a minha casa? É aí que vem o dilema e também um fato bastante engraçado. O suspeito foi preso, e pelo que eu entendi em flagrante, porque eu ouvia os policiais perguntando: "O que você estava fazendo com este facão?" e o "meliante" (adoro essa palavra, rsrs) respondeu que sempre anda com o facão. Pode? Claro que não! Não é possível alguém andar com um facão, que não é uma ferramenta pequena, todo o tempo... não deve ser a mesma coisa que andar com uma faca de cozinha pendurada na cintura.

Os policiais estavam perguntando para a minha vizinha da frente se ela conhecia o "meliante", que há essa altura já estava dentro da viatura... sendo preso. Parece, pelo que eu consegui entender, que eles estavam a procura de um segundo suspeito, que o "meliante" disse morar naquela casa, ou ser conhecido de alguém daquela casa. Fato negado pela vizinha.

O que ocorreu de engraçado, é que ao lado da mancha de sangue encontrada na esquina, estava deitado um bêbado (mas muito bêbado, que o pobre não conseguia nem andar, e muito menos escorar na parede para os policiais revistarem), que pelo que eu entendi não tinha nada ver com o "rolo". Mas os policiais, mesmo percebendo que esse bêbado não fazia parte do crime, acabou lavando-o para a delegacia, dizendo: "você não deve ter nada a ver com o que aconteceu, mas nós vamos te levar para a delegacia e você explica isso lá... qualquer coisa a gente te libera ainda hoje." Putz, o bêbado, coitado... estava bêbado no lugar e na hora errada e acabou "sobrando para ele".

Mas voltando a falar do crime... no final, quando os policiais estavam indo embora, nos informaram que a vítima foi mesmo morta com um facão, e pela maneira como a "coisa foi feia", o suspeito deveria estar com muito ódio da vítima.


É... Esse pessoal de Leme é muito bravo... vocês acreditam que aconteceu um outro crime aqui em Leme, se eu não me engano, no ano passado, em que uma pessoa atirou em um homem somente porque este último "trucou errado"! É... do jogo de truco mesmo... Pode? E outro, em que o irmão (drogado e meio doente, porque ficava o tempo todo com um skate pelas ruas, pedido dinheiro para comprar sorvete) matou a irmã porque esta não queria lhe dar biscoitos para comer. Até os moradores de rua, bêbados a todo momento, se matam aqui em Leme.

Até parece palhaçada! Seria cômico se não fosse grave!


O fato acabou nos assustando um pouco, pois já atiraram em uma pessoa bem em frente a minha casa, a sorte é que não estávamos por aqui. Este bairro é um pouco "barra pesada", pelo que eu estou percebendo. É bom mesmo ficarmos atentos e não "mexer" com ninguém, a não ser que a gente conheça. Caso contrário, podemos ser decapitados por um facão.

E o pior foi o bêbado, que sem ter nada a ver com o que aconteceu acabou sendo levado para a delegacia...

Vê se pode?!

sábado, 10 de outubro de 2009

A arte de "Quebrar Galho"


Todo mundo já "quebrou algum galho" nesta vida. Alguns galhos são pequenos, outros são gravetos, mas existe aqueles que são verdadeiros troncos, até mesmo árvores imensas...

"Quebrar um galho" é se prejudicar no final da história! Pode ter a certeza! A gente ajuda, e depois a pessoa não reconhece, e às vezes sem querer (repito, às vezes) acaba nos "ferrando".

Um exemplo típico acontece no banco, a esposa do cidadão chega no banco pra você e lhe diz: "eu errei a senha e acabei bloqueando o cartão do meu marido; você pode desbloquear, por favor?". Você delicadamente, e por um milhão de vezes diz à pessoa que, sem o titular da conta estando presente, não será possível efetuar o desbloqueio, e tenta fazer a pessoa entender, que esse é um procedimento de segurança.

A pessoa, insistentemente lhe responde: "meu marido trabalha na roça, não pode perder dia de serviço. Eu estou com todos os documentos dele, certidão de casamento, e preciso pagar uma conta hoje, urgente, caso contrário irão cortar a minha água". Bem, a gente fica com uma certa pena e acaba desbloqueando o cartão, dizendo: "Desta vez eu vou desbloquear, vou "quebrar o galho", mas da próxima vez seu marido vai ter que vir". "Tudo bem", ela responde.

Na semana seguinte, a mesma pessoa aparece solicitando o desbloqueio do cartão do marido dela. Volto a dizer que o desbloqueio somente poderá ser efetuado com a presença do esposo dela... É agora que o problema começa. A pessoa me diz, "na semana passada você desbloqueou sem meu marido estar aqui, por que não quer desbloquear hoje?" A gente explica tudo de novo e completa: "eu avisei a senhora que eu ia "quebrar um galho" pra senhora, que era somente daquela vez. Não posso desbloquear e ponto".

A criatura sai sem reclamar... Eu penso: "que bom que ela entendeu". Entendeu nada! Foi me dedurar para o gerente! Foi dizer a ele que na semana anterior e efetuei o desbloqueio do cartão sem o marido dela estar presente. E adivinhem o que acontece? "Fumada" na certa, já que esse procedimento é proibido por segurança do cliente.

Não disse... "quebrar galho" é o mesmo que "se fuder", desculpem-me o palavriado.

Eu sei que todos tem problemas, que às vezes (só às vezes) precisamos ter um pouco de compaixão no ser humano e entender... mas que bom que fosse só entender, mas não, a gente tem que ajudar... dar os "nossos pulos".

Eu sei também que muitas pessoas já "quebraram o meu galho", e eu as agradeço por isso. Mas eu não me lembro de tê-las prejudicado. Se fiz, peço desculpas!


Bem... "quebrar galhos" pode também resultar em "quebrar uma árvore" já que a pessoa acaba acostumando.    É como deixar a pessoa passar na frente um dia porque está com pressa... nas próximas vezes ela não te pergunta se pode, ela simplesmente fica do lado da fila, debruçado no balcão esperando que você a atenda primeiro. Já ouviram a expressão: "a gente dá uma mão, a pessoa quer o braço todo"?

É... a vida é assim! Por isso que não podemos ser muito "boazinhas"... as pessoas folgam!

Quebrar galho é coisa de "macaco gordo"!

Estou ou não certa?

Abraços.







quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Borracharia


Tudo evolui no Brasil. Menos a borracharia. Já notaram? São exatamente iguais às borracharias da nossa infância, quando íamos lá com nossos pais. Inclusive os borracheiros parecem ser os mesmo. Parecem feitos de borracha, não envelhecem.

Há algumas décadas não devem mais nascer garotos que dizem: vou ser borracheiro quando crescer. Para cada borracharia existem dois borracheiros. Um mais velho (que é para quem você vai pagar no final do serviço) e o mais jovem (que é quem pega no duro).

Duvido que alguém já viu uma borracharia limpa. Para ser uma boa borracharia ele deve ser imunda. Não é suja, é imunda mesmo. Assim como os borracheiros. Eles não lavam as calças e as camisetas há séculos.

Não há lugar para sentar. Jamais. Você tem que ficar em pé esperando o serviço e acompanhando atentamente.

A coisa começa na porrada, literalmente. Um super martelo e o cara bate pra valer mesmo no nosso pneu para tirar a câmera de ar, e com uma alavanca, vai girando o pé com uma maestria invejável. E tira para fora aquela coisa mole, cinza, morta. E furada.

Todas as borracharias têm uma banheira, é claro. Uma banheira que um dia - imagino - foi branca. Se você quer saber a cor do burro quando foge, é aquela ali. Entre cinza e marrom. E a água onde vai ser enfiada a câmera de ar? Que cor é aquela? e onde foi que o sujeito arrumou a banheira? Comprou especialmente para aquele serviço, aquela serventia? Mas é eficiente. Logo vemos as bolhinhas de ar subindo pelo furo. O borracheiro coloca o dedo no furinho e te olha. Apenas olha. Todo mundo entende aquele olhar.

Neste momento eu pergunto: os pneus já existem há mais de cem anos. Ninguém se deu ao trabalho de inventar um outra engenhoca para descobrir onde fica o furo?

Aí ele sai pingando com nossa câmera de ar pelo chão, notadamente nos nossos sapatos. Enxuga. Coloca numa máquina de tortura, passa uma cola e junto um pedacinho de borracha. Comprime aquilo. Chega a doer. Aquilo esquenta, sai fumacinha.

É o momento de olharmos para as mulheres peladas (e já sujas) pelas paredes. Calendários dos anos 90 e até 80. Mocinhas que hoje já devem ser avós, testemunhas discretas de nossos furos.

Tem também um jornal de esportes do dia por aqui, cheio de impressões digitais. Não dá mais para ler as notícias que ficam à direita e à esquerda da página. Sentar, nem pensar. Agora ele enche de novo a câmera. Mais do que a gente imagina. A impressão é que aquilo vai estourar no nosso rosto. Mas - incrível - não estoura.

Enfia na banheira de novo. Esvazia e enche pela terceira vez. Ao se ajeitar lá dentro, a borracha dá um inesperado estouro e se acomoda. coloca o bico no lugar. Pega um aparelhinho e vê a pressão. Tudo isso muito rápido, com muita eficiência, sem cursar nenhuma faculdade. Mas você sente que o cara é competente e pós-graduado.

E aí ele pega o nosso estepe e balança a cabeça negativamente. Você entende, o estepe está mesmo pela hora da aposentadoria. Negocia ali na calçada enquanto coloca o pneu no lugar. Você acaba comprando outro estepe.

Mas só quando você chega em casa é que percebe que também está todo sujo, apesar de não sentar e nem encostar em nada.


E pensam naqueles dois que te salvaram a vida. Admiro estes homens. São meus heróis.



(Mário Prata no livro As Cem Melhores Crônicas, p. 172)





Pessoal, não é que estou sem inspiração para escrever. Comprei um livro do Mário Prata, As Cem Melhores Crônicas, e estou me deliciando com o autor (nossa, está parecendo até pornografia, mas não é não... é apenas um livro). São ótimos textos, bem no estilo que eu gosto de ler e escrever... ironizando as coisas mais simples do nosso dia-a-dia. Os textos mais legais serão postados aqui. Mas pode não ser todos os dias, porque tudo o que é demais acaba cansando.

Crônicas são textos ótimos... fáceis de ler e entender, divertidas, e nos faz ver cada lado das coisas que acontecem na nossa vida... Muito bom!

Beijos...............................


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Mulher de Oitenta


Vinicius de Moraes poderia cantarolar olha que coisa mais linda mais cheia de graça, é uma velhinha que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Se ainda existe uma mulher do lar, ela tem oitenta anos. Principalmente no nosso lar.

Me responda: existe alguma coisa mais bonita do que ver uma senhora de oitenta anos, aqueles cabelos brancos  (mulher honesta de oitenta anos não pinta o cabelo), caminhando pela rua de mãos dadas com o marido, bem mais trôpego do que ela? Quantas vidas existem naquelas mãos entrelaçadas? Quantos filhos, netos e bisnetos? Quanta vida, quanta história. Quanta gente aquela mulher de oitenta colocou no mundo? E agora lá vai ela, caminhando, sem pressa nenhuma, sabe lá pra onde. Ela e o homem dela. Eternos enquanto duram.

É, já não se fazem mais mulheres como as de oitenta. Perdemos a fórmula e esquecemos, quase sempre, que elas existem. Mulher de um só amor, de uma só dedicação.

As mulheres de oitenta se dividem basicamente em três categorias: as ainda casadas (como sofrem com seus maridos há algumas décadas), as viúvas (como sofreram com a morte do marido) e as com mal de Alzheimer (que não sofrem, porque não sabem mais).

O incrível é que a gente olha para uma velhinha e pensa que ela não saca mais nada. Que está apenas sentada ali na porta esperando o próprio enterro passar. Lêdo e lerdo engano. Aquela que faz aniversário, com filhos netos e bisnetos em volta. Olha ela lá, na dela, sentada na cadeira olhando o nada. Engana-se, milha filha, Ela está percebendo tudo. Ela sabe o que está rolando na festinha da bisa. Sabe quem trai quem, quem deve pra quem, quem odeia quem, dentro de seus próprios descendentes. mas ninguém dá bola pra ela.

A mulher de oitenta é a mais sábia das mulheres.

Ela já teve trinta, achando que sabia de tudo. Chegou aos quarenta: agora é que eu sei. E aí foi indo até chegar ali. Cada vez conhecendo mais o mundo e as pessoas do mundo. Quando vê o Bush dizendo besteira na televisão, ninguém lhe pergunta o que achou. Têm certeza que ela vai dizer bobagem. Mas, se ousarem a perguntar, vão ouvir uma frase curta, perfeita, exata. Quase filosófica. As mulheres de oitenta filosofam. Infelizmente ninguém as ouve.

Você deve achar que uma velhinha não pensa em sexo. Imagina! Então me diga em que idade ela parou, se sempre pensou cada vez mais, durante os vinte, trinta, quarenta, etc. Será que chegou numa idade e ela disse para ela mesma: hoje vou parar de pensar em sexo. Negativo. Pensa, e muito. Tenho uma parente que morreu aos 87 anos se masturbando. Feliz e sem a menor culpa, apesar de ir todo domingo à missa. Sábia, descobriu que o prazer não pode ser pecado. Deve estar no céu, a danadinha. Cantando os anjos com ou sem trombetas.

Quanto àquelas que tem o mal de Alzheimer (antigamente eram apenas caducas, pioraram o nome e não arrumaram o remédio) não sabem o que está acontecendo no mundo. Sua mente não guarda nada do presente (o que tem lá suas vantagens), mas se lembram do passado como se fossem ontem. Pergunte sobre o baile de debutantes, como foi que ela conheceu o marido dela, daquela famosa quadrilha, das fofocas familiares dos anos 30. Um diário do passado vai invadir sua cabeça e seus olhos vão ficar brilhando.


Ah, as mulheres de oitenta com seus cabelos brancos, seus óculos redondos e sua caixinha de remédios. Sábias, filósofas, boas. Gente finíssima.

(Mário Prata no livro Cem Melhores Crônicas, p. 72)



Ainda vamos ficar assim.... é só uma questão de tempo!! E muito tempo!!




Um grande beijo para minha Oma Jenny, que tem seus oitenta e poucos anos... e outro para minha Ominha que deve estar lá no céu hoje, de mãos dadas com o grande amor da vida dela, olhando para nós.








segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A mulher e o "invisível" direitos iguais


"Interneteando" por aí, tentando encontrar imagens sobre "Mulher Amélia", já que este seria o meu tema de hoje, visto ter sido chamada de Amélia somente porque comentei que iria fazer faxina na minha casa... e acabei encontrando um texto muito bacana sobre a mulher moderna.

Após ler, vocês, mulheres, irão concordar:



AS MULHERES(FEMINISTAS) NAO QUERIAM: DIREITOS IGUAIS???
QUEM NUNCA PENSOU NISSO ANTES?
São 5h… O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede…
Estou tão cansada… não queria ter que trabalhar hoje…
Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando,
até….
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro passeando pelas redondezas… Aquário? Olhando os peixinhos nadarem..
Se eu tivesse tempo… gostaria de fazer alongamento…
Brigadeiro…
Tudo menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher…
Queria saber PORQUE ela fez isso conosco, que nascemos depois dela…
Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós… elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, freqüentando saraus, ENFIM, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.
Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre “vamos conquistar o nosso espaço”!!!
Que espaço, minha filha???
Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés.
Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, pra tudo!!!
Que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz…
Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim.
E nos lançando no calabouço da solteirice aguda. Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei – e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei.
PORQUE???..me digam PORQUE um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso.
Tava na cara que isso não ia dar certo!!!
Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes,escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar… tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o
telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus!!!
E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa,com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações (ufffffff!!!!!!!).
Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles…
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?
CHEGAAAA!!!… eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela… ai, meu Deus, já são 5:30, tenho que levantar!…, e tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga “meu
bem, me traz um cafezinho, por favor?”, descobri que nasci para servir.
Vocês pensam que eu tô ironizando? To falando sério! Estou abdicando domeu posto de mulher moderna….
Troco pelo de Amélia.
 Alguém se habilita?

Não sei o nome da autora, mas o texto foi extraído do blog mas retratou tudo aquilo que eu estava pensando em escrever.

As feministas se enganaram... acreditavam que se as mulheres conquistassem uma posição no mercado de trabalho, os homens, também iriam assumir os afazeres domésticos. Grande engano!! Nossas atividades apenas dobraram, pois não deixamos de cuidar da casa e dos maridos somente porque trabalhamos fora... muito pelo contrário...

Vou aproveitar o comentário feito pela Cibele aqui no meu blog, pedindo para as mães educarem seus filhos "machos" a ajudarem nos afazeres domésticos... pode ser o começo de uma grande mudança! Quem sabem consigamos ter direitos iguais, ou melhor, deveres iguais!

Pensem nisso!!


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