segunda-feira, 5 de julho de 2010

Saber escrever é fundamental



Planejando minha visita a Bienal do Livro, que acontecerá em meados de Agosto, achei muito importante escrever algo sobre a importância de se saber escrever corretamente. E pesquisando sobre o tema na internet, me deparei com o texto transcrito abaixo, de Marta Medeiros, publicado no Jornal Zero Hora, Caderno Dona em 24 de abril de 2005):


 Recebo e-mails de pessoas com idades e profissões diversas. Outro dia, chegou uma mensagem de um senhor muito gentil, fazendo comentários elogiosos à minha coluna. Cometeu alguns erros gramaticais comuns, como acontece com meio mundo, mas o que me surpreendeu foi que ele se despediu dizendo: "desculpe por não escrever o Português corretamente, mas sabe como é, eu sou estrangeiro". O raciocínio era de que se ele fosse escritor, jornalista ou professor, escrever certo seria obrigatório. Mas sendo engenheiro, estava liberado dessa fatura.

Assim como ele, inúmeras pessoas acreditam que escrever bem não está na lista das cem coisas que se deva aprender a fazer direito na vida. Antes de aprender a escrever bem, esforçam-se em aprender a falar inglês fluente, a jogar golfe e a utilizar o hashi num restaurante japonês.

Escrever bem? Não parece tão necessário, já que a gente acaba sendo compreendido igual. "Espero não lhe incomodar com este e-mail, é que faço jornalismo e queria umas dicas". O recado foi dado. É preciso dizer que não há ninguém que seja imune a erros. Todo mundo se engana, todo mundo tem dúvidas. Não conheço um único escritor que não trabalhe com um dicionário ao lado. De minha parte, sempre tenho uma consulta a fazer no Aurélio, nunca estou 100% segura, e mesmo tomando todos os cuidados, erro.

Acidentes acontecem, o que não pode acontecer é a gente se lixar para a aparência de nossas palavras. Escrever bem - não estou falando de escrever com estilo, talento, criatividade, apenas de escrever certo - deveria ser considerado um hábito tão fundamental quanto tomar banho ou escovar os dentes. Um texto limpo também faz parte da higiene. Bilhetes, e-mails, cartões de agradecimentos, tudo isso diz quem a gente é. Se você não sai de casa com um botão faltando na camisa, por que acharia natural escrever uma carta com as letras fora do lugar? 

(...) Sei que todos estão carecas de saber a importância da leitura na vida de uma pessoa, mas não custa lembrar que, quem não lê, corre muito mais riscos de dar vexame por escrito, e isso não é algo a ser considerado só porque se trabalha em uma profissão que, aparentemente, não exige familiaridade com as palavras. Ninguém precisa ser expert, mas ser cuidadoso não mata ninguém.


Expresso, através deste texto, a minha opinião sobre o assunto.


Fico por aqui... Abraços!!!

Um comentário:

  1. Sou engenheiro e sempre me preocupei em escrever de forma que as pessoas entendam o que quero transmitir. Tenho enorme dificuldade de aceitar um texto de um relatório, independente do assunto, com erros de gramática. Se faltar vírgula e pontuação, já me dá vontade de não ler todo o texto. Quando tenho liberdade de dizer para alguém que o texto escrito está com erros, faço. Quando não, apenas demonstro à pessoa para ver se ela me dá oportunidade de mostrar-lhe o erro. Digo aos meus filhos, o seguinte: "Não sabe ler, portanto, não sabe escrever. Não sabe escrever, portanto, não sabe ler".
    Um abraço e parabéns pela matéria.

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