sábado, 13 de março de 2010

Uma estratégia de negócios que o torna um perdedor

Tenho pensado no paradoxo de se procurar um emprego e, para mim, ele parece resolvido.

Considere o seguinte:


  1. O modo tradicional de se procurar um emprego é enviar um currículo tedioso em resposta ao maior número de anúncios que você puder encontrar. Seu currículo será escaneado, separado e, se não se destacar muito, é possível que alguém o leia. Então você vai fazer a entrevista, e tenta ser tão parecido com uma engrenagem quanto puder dentro de sua maleabilidade e desejo de se encaixar. Se o acaso funcionar a seu favor, você conseguirá o emprego.
  2. Então a mega empresa que o contratou reclama que todos os seus empregados agem como se fossem uma engrenagem, não vestem a camisa, não são criativos na solução de problemas e não tentam mudar o estado das coisas.
  3. Em seguida, a mega empresa percebe que , já que todas as suas engrenagens são intercambiáveis, ela pode transferir o trabalho para outros países porque lá sai mais barato. Ou então a empresa não faz isso, e sucumbe à pressão maquiando seus resultados (e é pilhada em flagrante e afunda) ou não frauda suas contas (e é comprada por outra empresa, ou desmembrada e afunda).


Algo está errado aqui.

Comecemos com um pequeno pressuposto que mudou a vida de uma geração. Você poderia pensar que as grandes corporações sejam a espinha dorsal de nossa economia. Na verdade, 100% do crescimento do mercado tem origem hoje nas pequenas empresas (com menos de 500 empregados). As grandes empresas, pelo contrário, estão diminuindo o número de vagas e não aumentando.

Isso não ocorreria no tempo dos nossas pais. Acontece agora.

Também verdadeiro: É bem provável que a maior parte dos empregados interessantes, os mais seguros, se encontrem em pequenas empresas.

Conclusão: adaptar-se às necessidades de trabalho das grandes empresas é uma estratégia duvidosa para qualquer pessoa.

(Seth Godim - "O futuro não é mais o mesmo" - pág 85)




Nem sempre é assim... As empresas grandes ou pequenas necessitam sim de funcionários engajados com os objetivos da empresa, estes que "vestem a camisa", que estão sempre à  disposição, que são criativos e querem "fazer história" dentro da organização. Estes funcionários existem sim! E muitos!

Mas o que acontece, é que com a correria do cotidiano e imposição de metas e produção, o funcionário fica condicionado a realizar o trabalho mediante as regras impostas pela organização, o que o impede, em muitos casos, de ter inovações em favor da própria organização.

Parece como "dar um tiro no próprio pé", em ambos os lados.

Até a próxima...

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