segunda-feira, 31 de maio de 2010

Verme na cerveja



Um professor de Química queria ensinar aos alunos do 2° Grau os males causados pelas bebidas alcoólicas e elaborou uma experiência que envolvia um copo com água, outro com cerveja e dois vermes.

- Agora alunos, atenção. Observem os vermes - disse o professor, colocando um deles dentro do copo com água.

A criatura nadou agilmente dentro do copo, como se estivesse brincando.

Depois, o mestre colocou o outro verme no segundo copo, contendo cerveja. O bicho se contorceu todo, desesperadamente, como se estivesse louco para sair do líquido, depois afundou como uma pedra, absolutamente morto.

Satisfeito com os resultados, o professor perguntou aos alunos:

- E então, que lição podemos aprender desta experiência?

- Joãozinho adoro ele! levantou a mão, pedindo para falar, e sabiamente respondeu:

- Quem bebe cerveja... não tem vermes!!!!

Foi aplaudido de pé!



Essa eu vi no: http://www.heinostress.com




Viu? Tem muita gente neste mundo que não tem nenhum sinal de verme! kkkkkk 

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Absurdos do Twitter

 TESTE DO PÉZINHO em http://ericalenitablogs.blogspot.com


http://www.peidodeveia.com


Essa não dava para não posta! kkkk Ninguém merece!!


quarta-feira, 26 de maio de 2010

O que deu errado no mundo?

E se os amigos e a família do primeiro cara que foi assassinado no mundo não tivesse revidado e perdoado o assassino? E se o cara que teve sua propriedade invadida, deixasse ficar, ao preço de um quinhão de trabalho? E se os "criminosos", por sua vez, tivessem compreendido que tinham feito coisas inaceitáveis e passassem a apregoar justamente o contrário? E se, conseqüentemente, as duas partes se unissem e convivessem de forma pacífica, fazendo o possível para extrair da natureza o que realmente precisasse para sobreviver, tentando de maneira inteligente, compensar os danos causados plantando o criando animais na mesma quantidade que tivessem extraindo? 

E se, sabendo-se inteligentes o bastante para equilibrar o próprio meio em que vivam, essas pessoas desenvolvessem modos de adquirir mais bem-estar, praticidade e produção de itens básicos simplesmente para seu próprio bem, para que a vida, enquanto durasse, fosse o mais prazerosa possível? E se, assim, todos, bem menos do que somos hoje, tivessem acesso a absolutamente tudo? E se, vivendo da melhor forma possível, todo mundo tivesse tempo, energia e motivação para escrever, compor, filmar, desenhar, fazer arte, ou refletir pura e simplesmente, se assim quisesse? 

Não há uma espécie de ditado que diz que a infância é a melhor parte da vida? E por que precisamos ir tão longe?

Engenheiros continuariam inúteis, militares não. Administradores continuariam inúteis, seguranças não. artistas continuariam inúteis, oportunos não. Médicos continuariam inúteis, planos de saúde não. Colunistas continuariam inúteis, fofoqueiros não. Veterinários continuariam inúteis, rebanhos criados a torto devastando áreas produtivas não - porque não seriam tão numerosos, uma vez que já teríamos descoberto que o importante não é criar um sem-número de filhos, mas criar os poucos que tivéssemos da melhor maneira possível. 

Lembra que eu falei que sobraria tempo para refletir e não para enterrar um monte de queridos mortos à toa e/ou orquestrar planos mirabolantes de retalização? Que sobraria tempo para planejar, descobrir que o importante é viver- e bem - ao lado de quem a gente ama? E que, inteligentes que fôssemos, seguiríamos  frente o primeiro exemplo, o que não foi movido pela vingança?

Daí você me diria: vaidade é uma característica inata do ser humano. Busca por poder, materialismo, superiorididade - qualquer uma - está conosco desde que botamos o pé no planeta. E eu te perguntaria: será mesmo? Por que não encontro nenhuma fagulha de nada disso em mim e em várias pessoas que me cercam? As que parecem ter, ao meu ver, travam diariamente uma luta pessoal para se encaixar. Se pensassem um pouquinho mais antes de escolher, seriam bem diferentes. E devolveria a pergunta: e se o tal mundo não fosse assim? Se a sociedade fosse totalmente diferente? Não é meramente o ponto de vista?

Não estou querendo dar uma de John Lennon, de "Give Peace a Chance" e o escambau, não é isso. Eu só quero saber quem foi que determinou que isto aqui é um ringue gigante de marmanjos no gel se disgladiando eternamente para descobrir quem é o mais bem dotado (mulheres inclusas). Quem foi que disse que era para ser uma competição sem fim? Ouvi dizer que a ideia era de que fosse um planetinha habitável, supostamente criado para que as pessoas, animais e plantas simplesmente vivessem. Lengalenga hippie idealista? Então alguém me explique por que se criaria um mundo determinado a se escafeder dali um tempo, simples assim? Ainda que não haja ninguém por trás do plano, por que uma espécie se desenvolveria, geraria descendentes e viveria para... nada? Nem uma ameba seria tão estúpida. 

Se não conseguir, me explique por que diabos a gente sempre seguiu um ponto de vista totalmente míope, o do cara que procurou vingança, poder, autoridade, ser melhor que o outro? Por que não podemos fazer diferente? Porque não caberia a nós, uma vez que nem aqui estaríamos, a verdade é esta. Num mundo planejado de maneira equilibrada, não haveria superpopulação, não haveria reprodução a toque de caixa. Assim sendo, não haveria má qualidade de vida, porque todos estariam em busca de um melhor para todos. Não haveria que tivesse que procurar emprego em outro lugar do país porque as metrópoles estão sufocando de gente. Não haveria uns atropelando outros. Não haveria o primeiro no vestibular, o vencedor da dinâmica de grupo, a top model. Não haveria amados indo embora para procurar alternativas longe, tampouco a necessidade que foge ao bom senso de ter sempre mais.

Mas também não haveria saudade, horror à despedida e um bom tanto de sofrimento que hoje temos que enfrentar. Porque todos seríamos poucos. O conceito de "todos" talvez nos excluísse. E eu e você talvez não estaríamos aqui. Nem para sentir saudade. Valeu o sacrifício?


(LUCIANA TOFFOLO, 19/05/2009 - http://www.omelete.com.br)



quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cadê a Gripe H1N1?

A Gripe H1N1, também conhecida como "a nova gripe" ou "gripe suína" tem andando um pouco desaparecida, não acham?



Será que a gripe foi banida mesmo, ou será que a mídia, um pouco manipuladora, está tentando "maquear" os casos de gripe H1N1 porque a população está sendo vacinada? Tudo para mostrar à população brasileira que a vacinação está sendo eficiente?

No ano anterior, mais ou menos na em meados de Julho/2009, a notícia que veiculava na mídia era de que a quantidade de pessoas infectadas pela H1N1 era de aproximadamente 77.200 pessoas considerando 120 países do mundo, onde ocorreram também 330 mortes (http://pt.kioskea.net , 01/07/2009).

Pergunto: é possível que essa doença pudesse ter sido erradicada do mundo de uma maneira tão rápida? E o álcool gel... ninguém mais nem lembra que ele existe...

E porque a vacina contra a H1N1 adquirida de forma particular, que dizem ser a mesma distribuída gratuitamente em postos de saúde, tem de ser "aplicada" em duas doses para que possa fazer efeito?

Claro, "prevenir nessas horas é o melhor remédio"... Mas alguém poderia me ajudar a entender?


sexta-feira, 14 de maio de 2010

A fila

A fila é um sofrimento. É mesmo? Depende como você encara a fila. Em primeiro lugar você não pode levar a fila a sério. Existem filas e filas. Uma fila de banco, por exemplo, é completamente diferente de uma fila de padaria. Uma fila de campo de futebol não tem nada a ver com uma fila de supermercados. Senão, vejamos:



A pior fila, no consenso geral, é a fila do banco. Sim, você começa a sofrer com ela no dia anterior. Amanhã vou ter que ir ao banco. E você já dorme com a aquela fila na cabeça. Sonha com ela. (...) Ninguém está feliz na fila do banco. Já notou? O sujeito que está ali sofrendo. Já chega sofrendo. Ele sabe que vai sair dali um pouco mais pobre, no mínimo.

Mas o pior na fila do banco é que a gente, que está mais atrás, olha a quantidade de papelzinho que o da frente tem na mão e logo pensa: isso vai longe. E quando a menina do caixa pede licença para pedir uma orientação ao gerente lá na outra sala? Todo mundo olha no relógio. E a inveja que a gene fica do segundo da fila? Dá vontade de matar o sujeito. E aquele que disfarça? Está só com um papelzinho na mão. Mas quando chega na vez dele, abre uma pasta. Uma pasta! De repente você começa a observar as pessoas na fila e nota que são todos boys, empregadas ou secretárias. Só você é "normal" ali. Quem mandou ser pobre?

Vamos para a padaria. A fila é completamente diferente. Normalmente são pessoas que estão ali para comprar alguma coisa para aquela noite mesmo. É uma delícia ficar ali observando. Ali você logo descobre que a pessoa é  solteira ou casada, se mora sozinha ou não. Os hábitos de cada um. Existe solidão maior que aquele senhor que está levando uma (uma!) cervejinha para tomar em casa? Já a mocinha leva a coca light e um (um!) pãozinho. E aquela senhora que veio comprar um rolo de papel higiênico? O garoto deve ter convencido a mãe a levar aquele sonho de valsa. Ele está babando, olha lá. E aquele sujeito com a cara de hippie que está levando leite para a casa? Já aquela mocinha deve ter um bebê em casa. Leite Ninho debaixo do braço. Olha lá o alcóolotra. Uma garrafa de uísque. Nacional! A noite promete, Aquele outro vai apenas pagar a coxinha e o cafezinho. Está jantado? O outro é fumante. Leva logo um pacote. Aquele é um bom pai. Paga a cachaça dele e leva quitutes para a esposa e os filhos. Coitadinho do senhor que comprou uma (uma!) camisinha. Quais são seus planos?

Já a fila para comprar ingressos do jogo é outra coisa. Ali ninguém está normal. Ou está tenso ou eufórico. Sua principal preocupação é com o fura-fila. Seu pescoço parece um periscópio. Ai de quem furar a fila! Não encoxa! Não encoxa! o palavreado também difere muito das demais filas. Ali ele solta a franga, preparando-se para xingar o juiz.



Mas a melhor fila para se curtir, para entender e conhecer o caráter, o nível pessoal das pessoas, é a fila do supermercado. nada como ficar ali, observando o que as pessoas tiram de seus carrinhos. Ali vai uma vida inteira.  Você fica sabendo tudo da pessoa. Tudo. Seus gostos, suas manias, seus desejos mais íntimos. Cada carrinho daquele carrega uma vida inteira. Ou mais de uma vida. Ali vai as coisas para a compradora, para o marido dela, para os filhos dela, para a vovozinha dela. Ali mesmo, você fica sabendo se ela tem cachorro ou gato em casa. Se os trata bem. Sem contar aquele veneno para ratos. E fica sabendo, pela quantidade, se o super é para um dia, uma semana ou é mensal. Bem, pela quantidade de rolos de papel higiênico, a coisa vai longe.

Tem a fila do cinema onde você fica torcendo para não passar nenhum demancha-prazer que está saindo da sessão anterior fazendo comentários sobre o filme. Tem a fila do exame de fezes, todo mundo com uma caixinha na mão, sorrindo sem graça. Tem a fila de contas atrasadas, desagradabilíssima: você sabe que todo mundo que está ali, por um motivo ou outro, não pagou no dia.

Toda fila tem seus encantos (basta saber curtir). Menos a fila da fome, no nordeste, esperando comida. Não dá para olhar para a foto (na primeira página dos jornais) daqueles brasileiros, e fazer brincadeira. Aquela fila é uma coisa séria, gente.

(Mário Prata)



quarta-feira, 12 de maio de 2010





Encontrei no http://tirasdaqui.blogspot.com


domingo, 2 de maio de 2010

Desabafo de Mulher

É muito duro se homem e falar que só serve para pagar as contas da casa... mesmo quando as contas são divididas pau a pau como é o meu caso, que também trabalho fora de casa. Vamos trocar?

Assim... você elabora a lista de compras e vai ao supermercado 2 ou 3 vezes por semana após o trabalho, enquanto eu fico pelas esquinas conversando com minhas amigas.

Pega a filha no colégio, vai para a casa, organiza as tarefas dela, verifica os cadernos e lápis e manda estudar. Depois de tudo isso, manda para o banho. Enquanto isso, eu faço o meu lanchinho que já está sobre a mesa e vou para a academia jogar conversa fora, fofocar, olhar para os gatos e malhar um pouco.

Também precisa lembrar de levá-la ao médico, ao karatê, fazer exames, buscar, ira às reuniões de pais na escola e conversar com a professora sobre o seu desempenho e comportamento. Porque eu preciso de tempo para organizar meus passeios de fim de semana.

Quanto às coisas que já citei antes, compre as roupas e calçados de que ela precisa, e os presentes de Natal,  aniversário, Dia das Crianças, além do presente de aniversário da minha mãe, que você todos os anos lembra sempre de comprar. Porque eu preciso comprar meus equipamentos esportivos, afinal, é para isso que eu trabalho, não é só para pagar a luz, a água...

Quando eu chegar em casa, certamente você já guardou as roupas nos armários nos lugares certos, já mandou a filha guardar as delas e ainda teve que ajudar, porque nem sempre as coisas acabam nos seus lugares. E se os homens não acham as coisas nem quando estão organizadas, imagina se não estivesse? Hein? Hein?

Aí eu vou jantar e ver TV, porque ninguém é de ferro, não é mesmo? Talvez de vez em quando, assim tipo uma vez por mês eu lembre que resolvi ensinar minha filha a jogar xadrez... ou deito ao lado dela para ver um filme, dou dormir enquanto finjo que vejo.

Também vou lembrar de reclamar que você fica tempo demais no computador, conversando com um monte de punheteiros amigos... porque eu, quando sento no computador é para ver blogs de bobagens e vídeos de desocupados trabalhar e me informar sobre coisas importantes.

Já ia me esquecendo... lembre de ser absolutamente perfeito, não errar nunca, não ter nenhum transtorno de humor ou qualquer outro problema de louco ou destemperado qualquer ser humano normal. Aceite todos os convites que eu fizer e adore todos os maridos de minhas amigas... E não esqueça de declarar diariamente seu amor por mim com carinhos enquanto eu... já dormi.

Por fim, vou deitar depois que você tiver pego no sono, para evitar qualquer papo ou contato mais íntimo... é mesmo duro ser homem, porra!



Realidade ou não? Estou mentindo mulherada? 


Esse foi "literalmente copiado" de http://noauge4ponto0.blogspot.com , um blog parceiro, também muito bom!! 

Os homens desejam as mulheres que não existem


 Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler.

Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de "objetos", produziu mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois há muito mais mulher que homens na praça (e-mails indignados virão...) Talvez este artigo seja moralista, talvez as uvas da inveja estejam verdes, mas eu olho as revistas de mulher nua e só vejo paisagens; não vejo pessoas com defeitos, medos. Só vejo meninas oferecendo a doçura total, todas competindo no mercado, em contorções eróticas desesperadas porque não têm mais o que mostrar. Nunca as mulheres foram tão nuas no Brasil; já expuseram o corpo todo, mucosas, vagina, ânus.

O que falta? Órgãos internos? Que querem essas mulheres? Querem acabar com nossos lares? Querem nos humilhar com sua beleza inconquistável? Muitas têm boquinhas tímidas, algumas sugerem um susto de virgens, outras fazem cara de zangadas, ferozes gatas, mas todas nos olham dentro dos olhos como se dissessem: "Venham... eu estou sempre pronta, sempre alegre, sempre excitada, eu independo de carícias, de romance!..."

Sugerem uma mistura de menina com vampira, de doçura com loucura e todas ostentam uma falsa tesão devoradora. Elas querem dinheiro, claro, marido, lugar social, respeito, mas posam como imaginam que os homens as querem.

Ostentam um desejo que não têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não incomodar com chateações os homens que as consomem.

A pessoa delas não tem mais um corpo; o corpo é que tem uma pessoa, frágil, tênue, morando dentro dele.
Mas, que nos prometem essas mulheres virtuais? Um orgasmo infinito? Elas figuram ser odaliscas de um paraíso de mercado, último andar de uma torre que os homens atingiriam depois de suas Ferraris, seus Armanis, ouros e sucesso; elas são o coroamento de um narcisismo yuppie, são as 11 mil virgens de um paraíso para executivos. E o problema continua: como abordar mulheres que parecem paisagens?

Outro dia vi a modelo Daniela Cicarelli na TV. Vocês já viram essa moça? É a coisa mais linda do mundo, tem uma esfuziante simpatia, risonha, democrática, perfeita, a imensa boca rósea, os "olhos de esmeralda nadando em leite" (quem escreveu isso?), cabelos de ouro seco, seios bíblicos, como uma imensa flor de prazeres. Olho-a de minha solidão e me pergunto: "Onde está a Daniela no meio desses tesouros perfeitos? Onde está ela?" Ela deve ficar perplexa diante da própria beleza, aprisionada em seu destino de sedutora, talvez até com um vago ciúme de seu próprio corpo. Daniela é tão linda que tenho vontade de dizer: "Seja feia..."

Queremos percorrer as mulheres virtuais, visitá-las, mas, como conversar com elas? Com quem? Onde estão elas? Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que nosso sexo é programado por outros, por indústrias masturbatórias, nos provocando desejo para me vender satisfação. É pela dificuldade de realizar esse sonho masculino que essas moças existem, realmente. Elas existem, para além do limbo gráfico das revistas. O contato com elas revela meninas inseguras, ou doces, espertas ou bobas mas, se elas pudessem expressar seus reais desejos, não estariam nas revistas sexy, pois não há mercado para mulheres amando maridos, cozinhando felizes, aspirando por namoros ternos. Nas revistas, são tão perfeitas que parecem dispensar parceiros, estão tão nuas que parecem namoradas de si mesmas. Mas, na verdade, elas querem amar e ser amadas, embora tenham de ralar nos haréns virtuais inventados pelos machos. Elas têm de fingir que não são reais, pois ninguém quer ser real hoje em dia - foi uma decepção quando a Tiazinha se revelou ótima dona de casa na Casa dos Artistas, limpando tudo numa faxina compulsiva.

Infelizmente, é impossível tê-las, porque, na tecnologia da gostosura, elas se artificializam cada vez mais, como carros de luxo se aperfeiçoando a cada ano. A cada mutação erótica, elas ficam mais inatingíveis no mundo real. Por isso, com a crise econômica, o grande sucesso são as meninas belas e saradas, enchendo os sites eróticos da internet ou nas saunas relax for men, essa réplica moderna dos haréns árabes. Essas lindas mulheres são pagas para não existir, pagas para serem um sonho impalpável, pagas para serem uma ilusão. Vi um anúncio de boneca inflável que sintetizava o desejo impossível do homem de mercado: ter mulheres que não existam... O anúncio tinha o slogan em baixo: "She needs no food nor stupid conversation." Essa é a utopia masculina: satisfação plena sem sofrimento ou realidade.

A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa. A "libertação da mulher" numa sociedade ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso "mercado da liberdade". É isso aí. E ao fechar este texto, me assalta a dúvida: estou sendo hipócrita e com inveja do erotismo do século 21? Será que fui apenas barrado do baile?

(Arnaldo Jabor)

sábado, 1 de maio de 2010

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